O retorno do Morador de Rua

Mais uma vez, fui convocado pra ir à caça de mendigos e nóias pelo centro da cidade. Aceitei, claro.

Assim que comecei a saga, um negão, que já tinha trocado olhares comigo, aproveitou uma aproximação da minha parte e já desenrolou comigo, porém, ainda não era o que o puto branco queria.

Na verdade, o carinha que me chamou pra missão tava com fogo pra experimentar a piroca do morador de rua com quem eu gravei, de quem eu ganhei um mijadão amarelo. O desafio seria achar aquele mendigo, já que eles sempre ficam perambulando por aí, sem destino certo.

O puto com quem eu estava - com quem eu tinha gravado há meses - e eu continuamos com a missão: andamos aqui e ali, e eu sempre atento à todo mundo. Se aquele morador picudo estivesse no meu raio de visão, ele não passaria despercebido.

Troquei umas palavras com um aqui e acolá, sondando os que estavam disponivéis, pro caso do nosso "pau de ouro" não ter aparecido.

Foi quando, ao longe, eu vejo um morador de rua dormindo sobre um pedaço de papelão e saco de lixo. Era ele, o nosso procurado!

Pausa pra pensar.
Ele estava dormindo, então, não quis perturbar o sono do cara: decidimos esperar ali perto, de olho dele. Pouco tempo depois, uns guardas o despertaram, para que ele saísse do parque, que estava começando a fechar os portões.

Pronto, era a minha deixa.
Dei-lhe uns 3mins pra que ele voltasse da terra dos sonhos. Precisamos segui-lo porque ele destrambelhou a andar na direção oposta à que o branquelo e eu estávamos.

Poucos metros a frente, ele se sentou num banco - alguma coisa o perturbava -. Eu aproveitei para perguntar ao cara que me chamara se ele realmente queria aquilo e ele disse que sim. Fui falar com o morador de rua, que me reconheceu na hora; puxei um papo casual, quis saber sobre o machucado no dedão do seu pé esquerdo - ele não tinha chinelos pra calçar -. Estava com uma expressão um pouco abatida - sono? -.

Uma coisa era certa: estava faminto.

Me pediu pra lhe dar um trocado pra que comprasse um salgado.

Esse é o momento em que a REALIDADE dessas pessoas que povoam o nosso imaginário fetichista bate na porta da nossa consciência. Uma coisa é ver esses homens - e mulheres também - se insinuando, se vendendo, se sujeitando às nossas vontades em troca de alguns Reais pra comprarem comida, chinelos, ou sabe-se lá mais o quê.
Quando os vejo dormindo na sarjeta, falando que estão com fome, geralmente, eu dou algo pra que comam e bebam. Não salvo as suas  vidas, mas mato a sua fome...ao menos, por ora.


Voltando pra fantasia...

Entramos num motel próximo ao local onde ele estava dormindo e NÃO PERMITIAM 3 PESSOAS NUM QUARTO. Saímos e fomos em outro, e outro e outro e todos muito caros; com certeza não permitiriam o morador de rua ali. Ele estava sem camisa, sem chinelos, sujo, só de short.

O carinha, depois de tentar e tentar, achou melhor dispensar o mendigo e me colocou 10 contos pra que eu lhe entregasse. Ambos ficaram frustrados já que não rolaria, pra um, a putaria com o mendigo picudo e, pro outro, não rolaria um pouco mais de grana e umas horas fora das ruas.

Sugeri ao carinha um outro motel, que, com certeza, liberaria-nos pra ficarmos no mesmo quarto. Ele topou.
Eu fui avisar ao mendigo, que estava voltando pro ponto dele - ele tava relativamente perto de nós, só que do outro lado da calçada - e, sem mais, aceitou nos acompanhar.

Enquanto o carinha se manteve distante do mendigo publicamente, eu me mantive perto, conversando com ele sobre qualquer coisa...Queria uma situação mais "humana", sacam?
Falando em humanidade, o carinha comprou uns espetos de carne pro morador de rua se alimentar.

Chegamos ao motel, pedimos quarto pra 3, pagamos e fomos pra ele.

O mendigo tava com o cu cheio e foi direto pro banheiro descarregar; depois tomou um banho quente gostoso; depois foi o branco.
Eu comecei a fazer umas fotos e vídeos de aquecimento, mostrando o corpo, os pentelhos e pau do mendigo, enquanto ele se alimentava.

Ainda eu sentia algo estranho, mas continuei a agir normalmente.

O branquelo foi se aproximando devagar, admirando aquela piroca preta, grossa e cabeçuda do mendigo. Logo logo se soltou.

Aproveitei e brinquei por um minuto de mamadeira.

A verdade é que eu estava lá mais pra dar um suporte ao rapaz que me chamara à caça, fazer o registro da aventura. Não estava nem com vontade de pegação, mas, não se enganem, porque eu estava me divertindo muito com aquilo.

Tudo estava correndo bem, até que... O noiado teve uma crise e começou a elevar a voz, falar que queria receber o dinheiro; ao que eu respondi que mal tínhamos feito nada e que ele receberia a parte dele depois que tivesse feito o que fora combinado - sim, ANTES de nos dirigirmos pro primeiro motel, eu falei pra ele o que o rapaz queria, o que eu faria e ele topou -.

"Quero o dinheiro...Vocês estão pensando que só porque são 2 que vão fazer isso comigo?..."

O rapaz ficou meio sem ação, olhando pra mim e pro noiado.

Eu, que já tinha sentido alguma coisa errado desde a hora que comecei a conversar com ele no parque, já estava preparado pra qualquer situação, me preocupei primeiramente com a segurança do rapaz que estava lá meio "sob os meus cuidados" (sim, ele já é grandinho, sabe se defender, mas foi como eu vi aquela situação), e precisei falar mais grosso ainda com o noiado, que já estava colocando a bermuda e andando pra lá e pra cá, falando um monte de merda.

Eu:
"Hey, primeiro, fala baixo! Tá gritando por quê? E você só vai ter a grana DEPOIS que fizer o que combinamos. Ou então mete o pé daqui agora!
Tá assim por quê? Tomou banho quente, comeu churrasco e tá nessa?!"


O carinha pedindo pra eu me acalmar, deixar pra lá. Só que eu já estava no 220, por mais que eu não parecesse. A parte boa é que a crise do outro rapidamente cessou e ele viu que estava pisando na bola conosco.

O carinha disse que tava de boa só com a gozada, pra terminar o lance por ali. Eu, emburrado, concordei, afinal ele tinha vindo só pra aquilo.

Com os ânimos acalmados, eles gozaram.
O mendigo na boca do branquelo, que, por sua vez, gozou na punheta simultaneamente com o mendigo. Tamanho foi o tesão, apesar de tudo.

Vejam o vídeo e se divirtam.

                                                 
                                                 



Aviso aos navegantes: 

NUNCA falarei pra vocês não fazerem isso ou aquilo - quem sou eu? -, mas SEMPRE estejam preparados pra situações como essa, especialmente quando vocês estiverem lidando com esses moleques, mavambos, noiados, pessoas de rua em geral, porque, ELES não têm nada a perder nessas horas, VOCÊS, sim.


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Bônus:

Vídeo da sola do branco :