Dia cheio monitorando os pedreiros que trabalham numa reforma que preciso fazer; tava na hora de espairecer os miolos e uma aventura sempre cai bem. Eu não estava com vontade de fazer nada de meteção propriamente porque o corpo estava cansado pra caralho, porém ainda vivo.
Desci no centro do Rio e já ativei o modo "cracudo". Olhei o cenário: centenas de pessoas pra lá e pra cá, acompanhadas, sozinhas, conversando, ao telefone, etc... Como um felino - miau -, os meus olhos já caçam os afastados do rebanho, os desgarrados, errantes , sem rumo.
Alguns apareceram e sumiram diante dos meus olhos, até que notei um cara que passara por mim alguns minutos antes. Alto, bonito, pele morena. Se movia devagar. Matando hora ou sem rumo? Carregava uma sacola.
Eu o deixei passar, ainda que uma parte de mim levantou perder aquela possibilidade de sei lá o quê. Continuei ali no meu canto.
Uns 10min depois, quem passa por mim novamente? O dito cujo.
Ele parecia perdido, olhar vago, sabe. Fui atrás dele. Quando cheguei próximo o bastante, lhe perguntei se ele estava à toa.
-Tô no corre aqui. Na pilha pra dar um teko. Qual é a tua?
A sua fala era paulatina, baixa e quase inaudível em comparação ao barulho ao redor. Simultaneamente, eu senti tesão no cara, na situação em que eu estava com ele: outro cracudo.
Esse parecia um pouco diferente dos demais, porém. Aparentemente, ele estivera trabalhando naquele dia - ajudante de alguma coisa -, conseguira um troco pela diária e se fora pras ruas "à espera de um milagre".
Acabara de achar.
No caminho pro motel, eu sugeri que se adiantasse indo até a boca onde compraria o seu "precioso", contudo ele fez questão de entrar comigo no motel - talvez pra se certificar de que eu não arrumaria outro mano ou mudasse de idéia em relação ao motel. Entramos no quarto, ele colocou a sua sacola plastica sobre a cama e saiu. Retornou cerca de 10min depois com 2 cápsulas de pó.
Tirou os calçados, a camisa e o cheiro chulé, de suor e rua foi o que eu senti. Não extremamente forte, apenas fazia-se notável. Gostoso.
Falamos algo aqui e ali e, mesmo estando colado nele, eu me pegava pedindo a ele que repetisse o que falava, de tão baixa era a sua voz. Do tipo que você só ouve se estiver escutando, entende?
Comecei a cheirar o seu pau - cheiro de suor -; a cheirar o seu saco, dar umas chupadas na cabeça do seu pau. Eu imaginava que a ereção dele não fosse durar por muito tempo - efeito do pó - e eu não me importava com isso, pois a situação era excitante por si só. Desfrutar do puto catado na rua, sujo, doido por um aditivo pra se ausentar da sua realidade ainda que por umas poucas horas.
Cheirou no meu pau, lambeu o pó no meu pau. Mijou em mim, ganhou mijo. Cheirou o meu pau, me deu o seu pra que eu cheirasse.
Um momento para celebrar o cu desse cracudo: fechado, gostoso de chupar. Por incrível que pareça, era doce. Isso mesmo, DOCE! Me amarrei.
Aos poucos foi soltando alguns fetiches - revelou ja ter "quase cagado" em alguem uma vez. Pensei em fazer uma sujeira real com a sua merda, mas optei por simplesmente assisti-lo soltar uma cagada no vaso. Cagão fedido.
As 2hs se passaram e coloquei mais 2hs. As duas cápsulas acabaram e ele lhe dei 40 contos. Ele deu outra saída, voltou com mais 2 cápsulas, com as quais ele brincaria. Me ofereceu algumas vezes. Eu agradeci pela oferta, mas me esquivei; depois ofereceu mais e eu aceitei: dei um tapa. Conto nos dedos as vezes que dei uma cheirada. Nunca sei se faço isso corretamente porque não sinto nada demais - o mesmo acontece com a "erva", apesar de me lembrar de umas duas vezes em que senti a maresia -.
Num determinado momento, um paulista, que estava em copacabana, me ligou - trocamos contato horas antes em Copacabana - me convidando pra passar a noite com ele, que queria madrugar a base de Tina, G, bala , sendo cagado, mijado, fodido...Um homem altao, bombado, dotado e pezudo; isso abriu um diálogo entre mim e o cracudo e ele perguntou se poderia participar. Eu não tinha certeza se seria uma boa idéia, então falei que seria melhor não. Poderíamos tentar arrumar outro maluco por ali no centro mesmo - o que tentamos, mas sem sucesso. O pessoal só queria ficar comigo.
A essa hora o cracudo já tava pra lá de Bagdad e eu fui me recolhendo, pra não tentar nada com ele sob aquele estado. Ele perguntou se poderia passar a noite comigo, que tinha gostado de mim. Tudo soa lindo, mas não.
Joguei uma água no meu corpo, peguei as minhas coisas, me despedi e fui pra Copa.
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